Nesse ano atípico de 2020, as transformações digitais se tornaram um imperativo. A necessidade de abraçar o digital foi acelerada pela pandemia como forma de garantir a sobrevivência do negócio, no caso das empresas ainda resistentes ao processo, e impulsionar o desempenho e a vantagem competitiva de todas as outras já mais avançadas. Mas uma questão ainda preocupa os executivos: como garantir que a transformação digital não falhe, uma vez que necessita ser ainda mais rápida?

Para respondê-la, as grandes consultorias andam empenhadas em entender 2020 e projetar 2021. Boa parte delas vê a transformação digital cedendo espaço para a resiliência digital no curto prazo, avançando depois para um estado de inovação contínua.

No curto prazo, as tecnologias digitais e formas de trabalho oferecem melhorias de produtividade e melhores experiências para o cliente. No médio, o digital abre novas oportunidades de crescimento e inovação no modelo de negócios. E, na sequência, o sucesso da transformação digital prepara as empresas para o sucesso sustentado, fruto da inovação contínua, o que provavelmente as obrigará a se transformar digitalmente várias vezes durante o processo.

De acordo com a IDC, apesar de uma pandemia global, o investimento em transformação digital direta (DX) ainda seguirá crescendo a uma taxa composta anual (CAGR) de 15,5% entre 2020 a 2023 e deverá se aproximar de US$ 6,8 trilhões, com a América Latina respondendo por US$ 460 bilhões. Operar como uma “fábrica de inovação digital” orientada por software estará no centro da capacidade da empresa de se diferenciar e competir de forma sustentável em seus próprios setores.

É… os custos do fracasso são altos, e vão muito além da perda do ROI. Mas as recompensas do sucesso são grandes. O Boston Consulting Group (BCG) se debruçou profundamente sobre seis fatores de sucesso, notavelmente consistentes em todos os tipos de transformação digital, geografias e setores. E descobriu três alavancas importantes: a necessidade de gerenciamento holístico das jornadas de mudança; o alinhamento consistente das lideranças; e o gerenciamento de mudanças centrado nos funcionários. Em média, as transformações que usam as três alavancas realizam 30% mais de seus objetivos financeiros do que aquelas que não o fazem.

Se as lideranças precisam estar alinhadas, elas também precisam desenvolver sete características básicas, de acordo com o Gartner. Porque daqui para frente, segundo a consultoria, será cada vez mais importante que essas lideranças tenham curiosidade sobre coisas novas, entendam a diferença entre criatividade e inovação, e nunca considerem o digital como resultado.

Há muito a fazer nos próximos meses. Especialmente porque, infelizmente, o Brasil vem em uma curva descendente de empresas que se encaixam na categoria Líderes Digitais (aquelas nas quais a Transformação Digital está enraizada no DNA do negócio), como comprova o DT Index 2020, da Dell. Estamos andando para trás, quando deveríamos avançar para não perder competitividade. O índice, que chegou a ser de de 12% em 2016 caiu para 6% em 2018 e para 4% este ano, embora a quantidade de empresas que vem adotando o modelo digital tenha subido para a metade (50%) das 400 companhias ouvidas no país, ante 37% em 2018 e 20% em 2016. A boa notícia é que o índice não subiu, na média global. A má notícia: continuamos abaixo dela.

Quase três em cada dez empresas brasileiras (27,5%) temem não sobreviver aos próximos dois anos e 67,5% acreditam que não vão fechar, porém perderão muitos postos de trabalho e levarão anos para retornar à lucratividade.

Fonte: The Shift

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